Uma coisa curiosa, engraçada e linda sobre compôr… durante o processo de escrever ou “transcrever” uma canção, a gente acha que sabe o que ela significa, mas muitas vezes, seu significado real só vai se revelar depois de terminada.
Com Império Dos Sentidos, acreditava no início que tinha nascido como maneira de expressar a experiência de um conversa por chat com uma amiga e que eu havia sentido que ela precisava. Me coloquei em seu lugar, ou assim pensei, e escrevi desta perspectiva.
Mais tarde, me perguntei se talvez, não era eu quem pedia por aquele abraço… eu quem procurava um ombro pra encostar a cabeça, um lugar para descansar do caos da vida moderna e do mundo…
Algumas vezes, para conectarmos com nós mesmo, precisamos de alguém “do lado de fora”, um espelho nos mostrando o que precisamos enxergar… outras, é o oposto e somente conseguimos conectar com as “outras pessoas” uma vez que tenhamos feito essa conexão com nós mesmos. Então o pessoal passa a ser universal e vice-versa… quando nos permitimos estar e nos sentirmos vulneráveis, concedemos essa auto-permissão aos demais.
E então, a canção que pensávamos ser “nossa” pass a ser algo maior… nasce e se torna um ser cujo significado real e propósito são independentes de quem as guiou até aquele momento e sobre cuja não temos o menor controle…
Em poucos dias vai ao ar Império Dos Sentidos e estou ansioso pra testemunhar o que ela vai se tornar…